Um brinde aos que escolheram renovar-se,
porque venceram os temores herdados
e as ilusões mercadejadas.
Um brinde aos que ainda hesitam,
porque o seu ceticismo é legítimo,
ainda que recheado de ontem;
a qualquer momento podem tomar a estrada,
se o amanhã lhes tocar o desejo.
Um brinde aos que transitaram para o desafio
e não estacionaram na preocupação,
nem no olhar recebido, nem na obediência,
nem no mais sensato, Assim-É.
Um brinde aos que maximizaram o objetivo,
porque não se contentaram com as vitrinas,
nem com a modéstia que não ofende,
nem com a guerra no espelho.
Um brinde aos que ordenham o olhar
na prospecção dos fatos,
porque fazem nova gemada
com os ovos (da galinha) de Colombo;
e aos aromistas do diagnóstico,
porque são estes que sintetizam o cristal
e o reinvento.
Um brinde aos que abrem as portas
à ingenuidade, à surpresa e à insubmissão,
porque germinam novas sementes
perante as verdades embalsamadas.
Um brinde aos avaliadores
que não desperdiçam as nozes de Nietzsche
nem atendem às vozes dos conselheiros,
porque concedem saber
à novidade da criança
e acrescentam oportunidade ao espanto.
Um brinde aos que não se consolam na fórmula,
mas cuidam da nova criança,
porque assim dão músculos ao pensar
e tornam confiante o descobridor.
Um brinde às caminhadas,
porque, além dos achados,
reativaram os músculos
e mostraram que vale mover-se.
Um brinde aos que chegaram
e aos que nunca fugiram,
aos que aprenderam
e aos que não ancoraram
na bahia-limbo do conforto.
Um brinde aos que esqueceram as lições
e as ladainhas,
porque agora estão livres
para produzir surpresas no pensar
e riquezas no agir.
Um brinde aos que semeiam,
ainda quando perdem a semente;
aos da meia noite
e aos da nova manhã,
porque para todos há música
e vinho do Reno com gosto de pitomba.
Por maior que seja a pressa,
preveja no mapa o lugar da sombra
para comemorar não apenas o que foi,
mas principalmente o desejo consistente;
e neste quiosque da festa íntima
dimensione a nova estrada dos dias,
escute a música dos desafios
e acrescente o seu próprio brinde
ao ainda não pensado.
(José Leão de Carvalho)
porque venceram os temores herdados
e as ilusões mercadejadas.
Um brinde aos que ainda hesitam,
porque o seu ceticismo é legítimo,
ainda que recheado de ontem;
a qualquer momento podem tomar a estrada,
se o amanhã lhes tocar o desejo.
Um brinde aos que transitaram para o desafio
e não estacionaram na preocupação,
nem no olhar recebido, nem na obediência,
nem no mais sensato, Assim-É.
Um brinde aos que maximizaram o objetivo,
porque não se contentaram com as vitrinas,
nem com a modéstia que não ofende,
nem com a guerra no espelho.
Um brinde aos que ordenham o olhar
na prospecção dos fatos,
porque fazem nova gemada
com os ovos (da galinha) de Colombo;
e aos aromistas do diagnóstico,
porque são estes que sintetizam o cristal
e o reinvento.
Um brinde aos que abrem as portas
à ingenuidade, à surpresa e à insubmissão,
porque germinam novas sementes
perante as verdades embalsamadas.
Um brinde aos avaliadores
que não desperdiçam as nozes de Nietzsche
nem atendem às vozes dos conselheiros,
porque concedem saber
à novidade da criança
e acrescentam oportunidade ao espanto.
Um brinde aos que não se consolam na fórmula,
mas cuidam da nova criança,
porque assim dão músculos ao pensar
e tornam confiante o descobridor.
Um brinde às caminhadas,
porque, além dos achados,
reativaram os músculos
e mostraram que vale mover-se.
Um brinde aos que chegaram
e aos que nunca fugiram,
aos que aprenderam
e aos que não ancoraram
na bahia-limbo do conforto.
Um brinde aos que esqueceram as lições
e as ladainhas,
porque agora estão livres
para produzir surpresas no pensar
e riquezas no agir.
Um brinde aos que semeiam,
ainda quando perdem a semente;
aos da meia noite
e aos da nova manhã,
porque para todos há música
e vinho do Reno com gosto de pitomba.
Por maior que seja a pressa,
preveja no mapa o lugar da sombra
para comemorar não apenas o que foi,
mas principalmente o desejo consistente;
e neste quiosque da festa íntima
dimensione a nova estrada dos dias,
escute a música dos desafios
e acrescente o seu próprio brinde
ao ainda não pensado.
(José Leão de Carvalho)
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