Auto-Amor, a chave para percepção do poder pessoal e da vida.
Tão comum encontrarmos alguém com a “Cara Amarrada” em função de uma manhã sombria, um movimento comum da Natureza, capaz de manipular o estado emocional de quem está fragilizado, esboçando aquela expressão de tristeza ou descontentamento, que mais parece um outdoor em uma grande avenida.
Ao nos deixarmos afetar assim, o medo vai entrando pela porta da identificação e o excesso de razão conduz ao pessimismo, ocorrendo uma grande perda de energia vital, o que enfraquece nossa intenção verdadeira, às vezes levando-nos até a desacreditarmos da nossa capacidade de realização.
Ao duvidarmos de nós mesmos, perdemos a sensibilidade para perceber as oportunidades que o universo nos oferece o tempo inteiro e já sem tempo para si, por priorizar o que é dos outros, levamos o mundo em nossas costas, na tentativa frustrada de passar as responsabilidades sobre nossa felicidade e realização aos demais.
Quando o esgotamento bate em nossa porta precisamos de auxílio para a restauração de nossa vitalidade e não sendo atendidos, a primeira coisa que fazemos é dar uma prova desse desamor, cobrando pelo que um dia foi feito e podíamos jurar que tudo foi por amor, ah! se arrependimento matasse...
Tudo o que se faz perde o sabor do amor a partir do momento em que deixamos de nos priorizar, ou seja, sem amor-próprio descobrimos que o que resta realmente é somente o gosto amargo do apego que vai minando a capacidade de concretização das nossas metas.
Galgar os passos do desenvolvimento é antes de tudo, permitir um encontro consigo mesmo, fazer o religare, restaurar nossa ligação com Deus, revendo a importância que existe no cuidado com o corpo e seus limites, vigiando e silenciando a mente, reeducando as emoções, inserindo valores morais em nosso dia-a-dia, elevando o espírito, tudo isso ao encontrarmos tempo para o auto-descobrimento, assim, logo deixamos de andar só em meio à multidão.
Resgatando nossa beleza interior descobrimos a força e o poder que Deus deu a todos nós, seus filhos; um Auto-Amor que ensina a realizar sem esperar retorno e a cuidar de si mesmo, conduzindo a vida por um caminho que se distancia do antigo pesar.
Por que desejar, se posso realizar; por que desperdiçar o tempo que ainda resta, me queixando com a queda, se posso me fortalecer com o aprendizado, me reerguendo com uma nova estrutura.
Por que reclamar do mau tempo, se mais este dia é tão pouco tempo para registrar tantos sorrisos, abraços demorados, apertos de mão, amizade sincera, lágrimas de realização, para caminhar de mãos dadas, para contemplar os primeiros passos de uma criança e o sorriso daquele velhinho tranqüilo que você vê todos os dias sentado no banco da praça com o seu coração transbordando de sabedoria, com olhos que tanta dor e beleza já registraram, olhos que lhe ensinaram a viver para refletir a luz do seu sol interior.
É o milagre da vida.
“Ama a ti mesmo, assim encontrará tempo para perceber a beleza que há em ti e descobrirá a beleza que sempre esteve ao teu redor”.
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