LOVE SONG
MENSAGENS DE AMOR
28 de fev. de 2009
Receita de Viver
Fiz uma vez uma receita de viver...
Viver é expandir, iluminar.
Viver é derrubar barreiras
entre os homens e o mundo.
Compreender.
Saber que, muitas vezes nossa jaula
somos nós mesmos, que vivemos polindo
as nossas grades, ao invés de delas
nos libertarmos.
Procuro descobrir nos outros sua
dimensão universal, única.
Sou coletivo.
Tenho o mundo dentro de mim.
Um profundo respeito humano.
Um enorme respeito à vida;
acredito nos homens.
Até nos vigaristas.
Procuro desenvolver um sentido de
identificação com o resto da humanidade.
Não nado em piscina se tenho o mar.
Por respeitar cada ser humano,
em todos os cantos da terra, e por gostar
de gente -gostar de gostar– é que encontro
em cada indivíduo o reflexo do universo.
As pessoas chamam de amor ao amor-próprio.
Chamam de amor ao sexo.
Chamam de amor a uma porção de coisas
que não são amor.
Enquanto a humanidade não definir o amor,
enquanto não perceber que o amor
é algo que independe da posse, do
egocentrismo, da planificação, do medo
de perder, da necessidade de ser correspondido,
o amor não será amor.
A gente só é o que faz aos outros.
Somos conseqüência dessa ação.
Não fazer me deixa extenuadão.
Talvez a coisa mais importante na vida
seja não vencer na vida, não se realizar.
O homem deve viver se realizando.
O realizado botou ponto final.
Não podemos viver, permanentemente,
grandes momentos.
Mas podemos cultivar sua expectativa.
Acredito em milagres.
Nada mais miraculoso
que a realidade de cada instante.
Acredito no sobrenatural.
O sobrenatural seria o natural mal explicado,
se o natural tivesse explicação.
Enquanto o homem não marcar um encontro
consigo mesmo, verá o mundo com prisma
deformado e construirá um mundo,
em que a lua terá prioridade.
Um mundo de mais lua que luar!
Adolpho Bloch
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