Gilia Gerling
Única maneira de suportar a possível perda
de rumo nestes mares aflitos
que nos ameaçam todas as manhãs:
Inventar gaivotas.
Única maneira de suportar estas nossas lágrimas
pela dor maior de um céu não azul:
Inventar ondas.
Única maneira de suportar a calmaria
que a lucidez nos obriga:
Inventar sol e lua.
Única maneira de suportar estes tempos iguais
que nos enlouquecem com suas diferenças:
Inventar velas.
Única maneira de suportar o espanto
dos nossos olhos refletidos nas águas
que acolhem estes restos de naufrágio:
Inventar...
Inventar gaivotas, ondas, velas, sóis e luas.
E sempre, inventar horizontes.
E, caso o horizonte nos falhe,
tentar a sobrevivência e, se ela se negar,
inventar um cais em cada lágrima.
Única maneira de suportar a possível perda
de rumo nestes mares aflitos
que nos ameaçam todas as manhãs:
Inventar gaivotas.
Única maneira de suportar estas nossas lágrimas
pela dor maior de um céu não azul:
Inventar ondas.
Única maneira de suportar a calmaria
que a lucidez nos obriga:
Inventar sol e lua.
Única maneira de suportar estes tempos iguais
que nos enlouquecem com suas diferenças:
Inventar velas.
Única maneira de suportar o espanto
dos nossos olhos refletidos nas águas
que acolhem estes restos de naufrágio:
Inventar...
Inventar gaivotas, ondas, velas, sóis e luas.
E sempre, inventar horizontes.
E, caso o horizonte nos falhe,
tentar a sobrevivência e, se ela se negar,
inventar um cais em cada lágrima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário