LOVE SONG

MENSAGENS DE AMOR

25 de jan. de 2010

Por que os amores se perdem?



O mais difícil de entender quando
os amores acabam são os porquês.

Por que duas pessoas que se encontraram
e se encantaram, viveram um amor que
parecia indestrutível, se separam?

Por que o amor geralmente acaba de um
lado só e é o outro que fica chorando
e querendo entender as razões?
Amores deveriam ser eternos,
mas nem sempre são.

Costumo comparar casais a chave e fechadura.
Nem toda chave abre todas as portas e é
necessário encontrar aquela exata que vai se
encaixar perfeitamente e tudo será possível.

Mas a gente acredita que cada vez que alguém
toca nosso coração e entra, que é definitivo.
Um casal que se apaixona de início, sem que
um tenha tido o tempo de desnudar o outro
nas suas verdades, acredita nessa chama
e até briga por ela muitas vezes.

E cria-se sonhos, planeja-se o futuro...
enquanto isso os dias vão passando, toma-se
menos cuidado em manter a magia e a parte
dos dois que é mais sonhadora começa a
sentir-se incomodada. Dá medo. Medo de
ter que olhar bem nos olhos da realidade
e dizer: acabou! Medo de ter que se confessar
a si próprio que ainda não foi aquela vez!

Medo da solidão, de ter que recomeçar...
Não são as decepções que matam o amor.
Se assim fosse, não existiriam perdões e
reconciliações. O que mata o amor é
simplesmente a tomada de consciência de
que o outro não é o ser sonhado. É como
acordar depois de um longo sono e lindos
sonhos. O outro está ali, é a mesma pessoa,
mas aquela neblina que dava a impressão
de irrealidade já não mais existe. E isso
não acontece da noite para o dia, como se
costuma pensar. É algo que vem com os dias,
os hábitos, as monotonias. Um percebe, o
outro não. Um começa a se sentir angustiado
e o outro continua acreditando ou finge
que acredita.

E quando a gota que faz transbordar o vaso
chega é o mundo todo que desmorona. Porém,
tudo não fica definitivamente perdido. Sobra
de um lado a dor e os porquês, um resto de
amor que teima em ficar no fundo como o
vinho envelhecido na garrafa e do outro o
coração dividido por não poder reparar
erros cometidos e a vontade de continuar
em busca de outros horizontes.

Sobra para os dois a ternura e a lembrança
dos momentos passados juntos. Por que
corta-se relacionamentos, mas não se apaga
momentos, mesmo que a gente queira. Vivido
é vivido, feliz ou infelizmente.

Inútil é querer resgatar um amor que resolveu
partir pra outras direções. Quanto mais apega-
se, mais ele se afasta. E quanto mais se afasta,
mais dói no outro a incompreensão. É uma roda
da qual é difícil de sair. E é uma pena, pois
os corações não merecem isso.

Quando a questão é amor, não existe justo ou
injusto. Existe o que ama e o que não ama mais.
Precisamos aceitar que o outro não tenha os
mesmos sentimentos, mesmo se isso nos faz mal,
por que se o amor não for livre para se instalar
onde realmente deseja, ele perde toda a razão
de ser.
© Letícia Thompson

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