LOVE SONG
MENSAGENS DE AMOR
10 de mar. de 2010
Quem observa o vento, nunca semeará
Viver não é dificil, mas a gente complica.
Queremos entender tudo, saber tudo, ter
a ciência e as ferramentas e construir
um mundo que, na realidade, está
muito além de nós.
Cada dia que passa nos surpreendemos
com os acontecimentos, como se não
fossem previsíveis e tentamos construir
à nossa volta a redoma que vai nos
proteger e dar abrigo aos nossos.
O que acontece aos outros pode nos
acontecer, como o ar que invade cada
narina dos animais e dos homens e os
torna iguais, mortais e dependentes
de uma força Maior. Essa realidade
às vezes nos choca, como se não
fôssemos, cada um, o outro para
um outro.
E ter consciência da vida, da sua
fragilidade e beleza não deveria
nos intimidar.
Cada dia basta a si mesmo e se as dores
de ontem continuam doendo no peito,
as possíveis alegrias do amanhã devem
nos fazer olhar para o momento presente
e construir com ele o melhor que podemos
com as nossas mãos.
Precisamos viver agora como se o instante
seguinte não fosse existir e fazer de cada
momento o mais precioso de todos.
Precisamos dar de nós com a consciência
que o que fazemos ou deixamos de fazer
fica enraizado nos que prosseguem nosso
caminho.
O amor, o ódio, a esperança e a desilusão
são sementes que plantamos. O sorriso é
o sol que oferecemos e o abraço o calor
que abriga a vida. Cada instante temos
escolhas, cientes ou inconscientes e elas
constroem o que somos ou deixamos
de ser.
Quem observa o vento, nunca semeará.
Mas aquele que estuda seu coração e olha
para o Alto, esse possuirá campos imensos
e nada lhe será recusado. Deus ama ao
que dá com alegria e oferece com alegria
ao que ama.
Se tiver que deixar uma herança aqui na
terra, que seja esta: o bem que você fez
sem contar e sem escolher.
Somos todos sim, construídos do mesmo
barro, mas nosso coração se modela cada
dia, com cada lição, cada porta que
abrimos, cada mão que oferecemos.
© Letícia Thompson
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