LOVE SONG

MENSAGENS DE AMOR

4 de abr. de 2010

Elegância


Existe uma coisa difícil de ser
ensinada e que, talvez por isso,
esteja cada vez mais rara: a
elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além
do uso correto dos talheres e
que abrange bem mais do que
dizer um simples obrigado
diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha
da primeira hora da manhã até
a hora de dormir e que se manifesta
nas situações mais prosaicas,
quando não há festa alguma
nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas
que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais
do que falam. E quando falam,
passam longe da fofoca, das
pequenas maldades ampliadas
no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas
que não usam um tom superior
de voz ao se dirigir a frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos
constrangedores porque não
sentem prazer em humilhar
os outros. É possível detectá-la
em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra
interesse por assuntos que
desconhece, é quem presenteia
fora das datas festivas, é quem
cumpre o que promete e, ao
receber uma ligação, não
recomenda à secretária que
pergunte antes quem está
falando e só depois manda
dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso
demais. É elegante não mudar
seu estilo apenas para se
adaptar ao outro. É muito elegante
não falar de dinheiro em bate-
papos informais.

É elegante retribuir carinho e
solidariedade. Sobrenome, jóias
e nariz empinado não substituem
a elegância do gesto. Não há livro
que ensine alguém a ter uma
visão generosa do mundo, a estar
nele de uma forma não arrogante.

Pode-se tentar capturar esta
delicadeza natural pela
observação, mas tentar imitá-
la é improdutivo. A saída é
desenvolver em si mesmo a arte
de conviver, que independe de
status social: é só pedir
licencinha para o nosso lado
brucutu, que acha que “com
amigo não tem que ter estas
frescuras”.

Se os amigos não merecem uma
certa cordialidade, os inimigos
é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe : não é frescura.
(Toulouse Lautrec)

Nenhum comentário:

Photobucket

ROOOOOOMMMM