LOVE SONG

MENSAGENS DE AMOR

19 de fev. de 2010

EU DESISTO...


É isso mesmo, entreguei os pontos,
não dá mais, acabou.
Essa frase soa com tanta força, não é?
Mas é verdade, eu desisti mesmo.
De um monte de coisas.
Desisti de reclamar

de quem não quer aprender.
Decidi me concentrar em quem quer...
E se você olhar bem direitinho,

perto de você tem um monte
de gente sedenta de conhecimento.
Desisti de tentar emagrecer

para ser igual a todo mundo.
Resolvi ter o peso que eu devo ter,

por uma questão de saúde,
por uma questão de bem estar.
Só isso.
Desisti de tentar fazer

com que as pessoas pensem do jeito
que eu gostaria que elas pensassem.
Achei melhor buscar respeitar

o outro do jeito que ele é.
Imagina se o mundo fosse feito

de milhões de pessoas iguais a mim...
Ah, isso ia ser um tormento!
Desisti de procurar um emprego

perfeito e apaixonante.
Achei que estava na hora

de me apaixonar pelo meu trabalho e
fazer dele o acontecimento mais incrível
da minha vida, enquanto ele durar.
Desisti de procurar defeito nas pessoas.
Achei que estava na hora de colocar

um filtro e só ver o que as pessoas
têm de melhor.
Defeito todo mundo acha,

quero ver achar qualidades
em quem parece não tê-las.
Desisti de ter o celular mais

“psico-tecno-cibernético” do mercado.
Agora eu só quero um telefone, pra falar.
É muito frustrante comprar

o mais novo modelo e dias depois
ver que ele já foi superado.
É pra isso que a indústria trabalha.
Aproveitei o gancho e apliquei

o conceito também a outros produtos:
relógio, computador,
máquina fotográfica, carro.
Desisti de impor minha opinião

sobre tudo.
Decidi que de agora em diante

vou ouvir todas as opiniões,
mesmo as contrárias, e vou tentar
tirar proveito de cada uma delas.
É mais barato compartilhar

as opiniões do que brigar
pra manter só uma.
Desisti de ter tanta pressa.

Tudo na vida tem seu tempo, e se
não acontecer, não era pra acontecer.
Não quer dizer que eu vou “deixar

a vida me levar” e parar de correr
atrás do que eu acredito, mas não vou
me desesperar se eu perder o vôo.
Sei lá o que vai acontecer com o avião...
Desisti de correr da chuva.
Tem coisa mais bacana

que tomar banho de chuva?
Há quanto tempo você não sente

aquele cheiro de terra molhada?
E se o resfriado chegar, qual o problema?

Não vai ser o primeiro nem o último.
Desisti de estudar por obrigação.

Agora eu faço da leitura
um momento de prazer...
Cadeira confortável, pezão pra cima,

um chocolate quente,
minha gata ronronando do lado.
Os livros agora ficaram menores

e mais fáceis, mesmo que seja
a CLT ou a NBR 9004.
Desisti de buscar uma planilha

de indicadores toda verdinha.
Os índices são assim mesmo,

às vezes melhoram, às vezes pioram.
Isso é o mundo real.
Eu não vou deixar de fazer

a gestão sobre eles, mas decidi
que não vou mais sofrer por isso.
Bons ou ruins eles devem gerar

aprendizado e isso é o mais importante.
Desisti de trabalhar para fazer

o meu sistema da qualidade ser perfeito.
Eu prefiro mantê-lo sob controle,

funcionando, ajudando as pessoas,
ajudando os processos, dando resultados,
mesmo que aos poucos.
Com essa filosofia eu ganhei um monte

de parceiros, ao invés de cultivar inimigos.
Se eu fosse você, desistia também...
Tem um monte de coisas que você faz,

carrega e sente, que não precisa.
THAIS CADORIM

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