SONETO DO SORRISO

E quando o que se faz não adianta
E o gosto pela vida se amarga
O medo de seguir se alarga
E nada mais te encanta

E quando te seca a garganta
E até tua voz se embarga
Sentes no ombro uma pesada carga
E a dúvida se agiganta

Não penses que está tudo perdido
E mesmo que seja um pouco contido
Levante a cabeça e volte a sorrir

Então verás que o que foi destruído
Renasce a cada novo dia surgido
E uma força divina te faz prosseguir.
DA